CFN - 403 Anos

Em 2024 o Corpo de Fuzileiros Navais poderá comemorar três 3 aniversários. 
403, 399 e 216 anos.

403 anos de sua criação em Portugal, 399 anos de sua primeira ação em estas terras e 216 anos da chegada dos Fuzileiros Navais ao Brasil.

A história do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil tem uma continuidade com seus antecedentes portugueses. Devido à forma como o Brasil se tornou independente de Portugal, diversas outras instituições brasileiras têm tal característica.

Desde 1580 houve a união das Coroas Ibéricas, sob o Rei D Filipe II de Espanha e I de Portugal. Só as Coroas foram unidas, não Espanha e Portugal, suas administrações ou instituições. Por isso, no em tela caso, a Armada de Portugal tinha existência independente.

Tercios ou Terços eram Unidades assemelhadas ao que depois se tornou conhecido como Regimentos. A pioneira Unidade de Soldados de Mar foi o Tercio Viejo del Mar, criado pelo Rey D Carlos I a 27 fev 1537, origem da atual Infantería de Marina da Espanha.

Coube ao Rei D Filipe III de Espanha e II de Portugal criar, a 16 de abril de 1621, o Terço da Armada da Coroa de Portugal. O Terço lusitano tornou-se, assim, o segundo Corpo de Fuzileiros Navais organizado, permanente, do mundo. É reconhecido, em Portugal, como o mais antigo ramo militar do País, com antiguidade sobre todas as Unidades do Exército e sobre o Corpo da Armada.

O batismo de fogo do Terço deu-se no ano de 1625, em Salvador, Bahia, durante a Jornada dos Vassalos. A cidade fôra tomada a 08 mai 1624 por uma esquadra holandesa. Os Países Baixos eram uma província da Espanha, rebelada por independência econômica, política e religiosa. Os ataques ao Brasil visavam enfraquecer a Espanha e obter rendas do açúcar brasileiro. A 01 mai 1625, diante da expedição luso-espanhola com expressivo número de nobres, daí seu nome, retiraram-se os batavos.

O Terço operou parcialmente no Brasil, em sucessivas campanhas e expedições. Com a Restauração Portuguesa em 1640, foi re-batizado como Terço Real da Armada do Mar Oceano. Em 1707 foi transformado em Regimento da Armada, aquando do abandono do termo Terço na Primeira Linha portuguesa.

A BRM Brigada Real da Marinha foi constituída, a 28 ago 1797, a três 3 Divisões: de Artilheiros-Marinheiros, de Fuzileiros-Marinheiros e de Artífices e Lastradores, pela transformação dos dous 2 Regimentos de Infantaria e um 1 Regimento de Artilharia da Marinha Portuguesa. Era uma novel Grande Unidade, por certo. Em essência foi promovido um rearranjo das Unidades existentes, em continuidade. O Regimento de Artilharia datava de 1791. O 2. Regimento da Armada (Infantaria) foi acrescido no século XVIII, em alguma data. Já o 1. Regimento da Armada (Infantaria) era o original Regimento da Armada. Portanto, 1797 é parte de uma trajetória, não um momento de fundação.

A 07 mar 1808 a Brigada Real da Marinha, completa, chegou ao Rio de Janeiro, como escolta da Rainha Da Maria I e do Príncipe Regente D João, durante brilhante Transmigração da Família Real Portuguesa para o Brasil. A data é justificadamente considerada o ponto de criação dos Fuzileiros Navais do Brasil, eis que pela primeira vez a Força estava cá concentrada, com comando e efetivo.

Nenhuma dessas mudanças de designação e organização representou uma quebra dos laços temporais desde 1808. Da mesma forma a linha de 1621 a 1808 é única. A Brigada Real da Marinha, como se viu, apenas redefiniu Unidades e funções. A sua tabela de quadros de 1797, em três 3 Divisões, foi substituída em 1809 por uma mais convencional, a três 3 Batalhões.

O CFN descende diretamente de um Batalhão e da Música da Brigada Real da Marinha de Portugal aqui surtos, desde 1821, como escolta do Príncipe-Regente D Pedro, o qual se tornou o Imperador D Pedro I após a Independência do Brasil.

A se notar que esta trajetória também é marcada por diversa mudanças de nomenclatura e organização: em 1822 as Unidades da BRM que haviam permanecido no Brasil foram transformadas no Batalhão de Artilharia da Marinha. Em 1826 tornou-se a Imperial Brigada de Artilharia da Marinha. Em 1827, Corpo de Artilharia da Marinha. Em 1847, Corpo de Fuzileiros Navais, com Oficiais do Corpo da Armada secundados, pois seus Oficiais foram transferidos para o Exército (usavam seus Postos desde 1808). Em 1852, Batalhão Naval, dissolvido (teoricamente) em 1893. Em 1895, Corpo de Infantaria de Marinha. Em 1908, novamente, Batalhão Naval. Em 1924, Regimento Naval. Por fim, em 1932, volta a ser Corpo de Fuzileiros Navais, com os próprios Oficiais.

A 16 abr 2021 o Corpo de Fuzileiros da Marinha de Portugal comemorou 400 anos, quatro séculos, de existência. O mais antigo ramo militar de suas Forças Armadas. Com todo o significado lógico e simbólico da data de 1808, presente em seu Estandarte, para o Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, é de todo justificado que também o CFN adote seu total cabedal histórico e comemore, em 2023, 215 anos de Brasil a 08 mar, 402 anos de total existência a 16 abr e 397 anos de batismo de fogo, no Brasil, a 01 mai, também como mais antigo ramo das Forças Armadas do Brasil.

Em 2024, o CFN conta com 16 Batalhões, 7 dos quais compõem a Divisão Anfíbia, 3 e a UMEM Unidade Médica Expedicionária da Marinha integram a Tropa de Reforço, 6 independentes e 5 Grupamentos.
 
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Na Vanguarda:
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Soldados da Liberdade:
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Regimento Naval:
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Publicações do CFN
https://www.marinha.mil.br/cgcfn/revistas
http://www.avcfn.com.br/edicoes-do-jornal-o-veterano/

Publicações da MB
https://www.marinha.mil.br/content/revistas-navais 

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